sexta-feira, 27 de março de 2009

Comparando diferentes versões de Chapeuzinho Vermelho






Prática pedagógica


Introdução




A presença regular de situações em que o professor lê livros de literatura para a turma é recomendável por uma série de motivos. Ao ter contato com essas obras, a criança pode apreciar a leitura; aproximar-se da linguagem desses textos; reconhecer características do portador; inteirar-se sobre o autor e identificar-se com personagens, além de construir critérios pessoais de escolha de suas histórias preferidas para compartilhá-las com outros Ao lado de outras modalidades organizativas dos conteúdos de leitura e escrita - como os projetos didáticos e as atividades permanentes essa seqüência pretende contribuir para a valorização da leitura de textos literários de qualidade e o desenvolvimento do gosto pessoal do leitor. Com a sua realização, as crianças serão colocadas, desde o início da escolaridade, no lugar de leitores que interagem e pensam sobre a linguagem que se escreve, tendo o professor como um modelo de leitor que os auxiliará nessa conquista
A escolha do conto Chapeuzinho Vermelho
Chapeuzinho Vermelho é uma das narrativas de referência entre os clássicos infantis. De tradição oral, foi publicada pela primeira vez no ano de 1697, pelo escritor francês Charles Perrault. Desde então, o conto é apresentado em diferentes versões, traduções e adaptações, que têm marcado a infância das crianças nos mais diferentes países e épocas. Uma das versões mais conhecidas e traduzidas, inclusive para o português, foi escrita em 1812 pelos Irmãos Grimm. Nesta seqüência de atividades, as crianças serão convidadas a comparar três diferentes versões do conto, que serão lidas pelo professor dentro de um intervalo de tempo. A escolha das três tem como critério a garantia da qualidade literária. Dentre elas, estão duas das principais: de Grimm e Perrault. Essa seleção visa garantir a comparação entre as tramas e a análise dos recursos lingüísticos utilizados pelos autores. A comparação de versões de um mesmo texto consiste em uma prática usual do leitor. Ela permite estabelecer critérios de escolha de uma leitura e realizar indicações literárias. Neste trabalho, as comparações serão inicialmente coordenadas pelo professor, que fará intervenções para os alunos atentarem para outros aspectos da obra além dos que normalmente levam em conta. O professor também irá destacar recursos lingüísticos utilizados pelo autor, tradutor ou adaptação. A leitura pelo professor Quando o professor lê para as crianças, mostra-lhes seu próprio comportamento leitor e contribui para que se familiarizem com o universo letrado. Por isso, é fundamental que ele prepare sua leitura ensaiando em voz alta, planejando intervenções para fazer antes, durante ou depois da leitura, antecipando a organização do espaço e a disposição das crianças, e, ainda, determinando o momento estratégico em que interromperá a leitura (para continuar num momento seguinte). Ao trazer um material para ler para a classe, o professor também cuida da apresentação adequada do livro, oferece informações que servem para contextualizar a obra e despertar o interesse em conhecê-la e justifica a escolha feita. Durante a leitura, ao fazer uma interrupção, o professor pode retomar os fatos anteriores para que as crianças não percam a seqüência narrativa. Pode-se solicitar a elas que procurem se lembrar dos últimos acontecimentos e os relatem de forma organizada. Cada uma conta aos colegas sua lembrança e, assim, o grupo vai reconstruindo a narrativa que acabou de conhecer. O professor ajuda, recontando passagens. Quando surgirem dúvidas sobre algum episódio, pode-se recorrer ao livro para esclarecê-las por meio da leitura do trecho a que se referem. O professor compartilha com as crianças seu comportamento leitor (explicitando diferentes aspectos do que faz enquanto lê). Por exemplo, nas duas primeiras versões, dois procedimentos usuais, próprios de leitores experientes, poderão ser destacados: o uso do índice e do marcador de livro, já que os contos selecionados fazem parte de uma coletânea. É preciso também assegurar um espaço para que a turma se manifeste a respeito do texto lido, dialogue com ele, dando-lhe, coletivamente, um sentido. Isso pode ser feito por meio de uma conversa em que cada ouvinte compartilha com os demais aquilo que desejar: as lembranças; os sentimentos e experiências suscitadas durante a leitura; os trechos mais marcantes; uma característica do texto que tenha reparado; uma dúvida ocorrida; uma hipótese confirmada ou não durante a leitura, etc. O professor se coloca como participante ativo da conversa, compartilhando suas impressões sobre o que leu, sobre relações com outros textos conhecidos pelo grupo ou com outros fatos. Ao ouvir as opiniões das crianças, o professor possivelmente irá deparar com diferentes interpretações do que foi lido. Isso deve ser respeitado, porque, nesse caso, não há respostas corretas ou incorretas. Como todos os textos literários, a história de Chapeuzinho Vermelho permite ao leitor criar algumas interpretações enquanto lê. Nessas conversas com as crianças, o professor pode ter como foco aspectos retóricos do texto. Prestando atenção neles, o grupo poderá perceber que, por meio da forma pela qual os acontecimentos são narrados, o autor direciona a interpretação sobre determinadas passagens. Por exemplo: pode-se perguntar às crianças se elas acham que o lobo está tentando enganar Chapeuzinho, e chamar a atenção para a forma como o autor descreve suas falas e intenções. É importante salientar que mesmo que o conto trate de questões ligadas à moralidade, não é aconselhável utilizar sua leitura como um pretexto para oferecer às crianças lições de moral, nem tampouco para impor a opinião do professor sobre, por exemplo, as atitudes da personagem principal. O foco desta atividade é voltar-se para o texto em si, para que as crianças possam se aproximar da linguagem escrita e desenvolvam comportamentos de leitor. Objetivos Valorização da leitura de textos literários de qualidade.Desenvolvimento do gosto pessoal e de critérios de escolha de suas histórias preferidas para compartilhá-las com outros leitores.
Conteúdo Leitura
Ano Pré-escola e 1º ano
Tempo estimado 2 meses
Material necessário
Três versões diferentes da história de Chapeuzinho Vermelho, sendo que a primeira deve ser dos irmãos Grimm e a segunda de Charles Perrault.
Desenvolvimento
As situações que compõem a seqüência são as seguintes:
Leitura (feita pelo professor à classe) de uma boa versão da história para exploração dos aspectoslingüísticos característicos dos contos.
Leitura (feita pelo professor à classe) de uma segunda versão para possíveis comparações entre as versões lidas e análise de diferentes tramas e linguagens dos contos e autores.
Leitura (feita pelo professor à classe), de uma terceira versão do conto. Além de contribuir para a aprendizagem de comportamentos leitores, as leituras feitas nesta seqüência de atividades implicarão certos comportamentos específicos que poderão ser postos em prática, como: Comentar o que se leu. Compartilhar com outros os efeitos, sensações, sentimentos que os textos produzem. Confrontar interpretações e pontos de vista. Relacionar o conteúdo de um texto com os de outros conhecidos. Reparar na beleza de certas expressões ou fragmentos de um texto. Ler durante um período, interrompendo a leitura quando necessário. Localizar o lugar em que a leitura foi interrompida. Recordar os últimos acontecimentos narrados, por meio da leitura de alguns parágrafos anteriores. Antecipar o que segue no texto e controlar as antecipações de acordo com o desenrolar da narrativa. Adequar a modalidade de leitura aos propósitos que se perseguem. Recuar no texto para recuperar aspectos relevantes e, assim, compreender melhor uma situação ou, ainda, para dar mais atenção a uma informação importante. Comparar as personagens, ambientes e situações das diferentes versões. Comparar as narrativas lidas com outros textos do gênero, outros autores etc. Reconhecer certos recursos lingüísticos próprios de um autor, uma versão. Identificar recursos lingüísticos adequados a determinadas situações comunicativas ou intenções do escritor.
ATIVIDADE 1
Leitura da primeira versão da história Irmãos Grimm Logo ao iniciar a seqüência, o professor comunica às crianças qual será o procedimento a ser seguido por ele e por seus ouvintes, de forma a assegurar que a narrativa seja compreendida e apreciada. Ele informa que lerá outras versões da mesma história, compartilhando com a turma como será realizado o trabalho. A primeira etapa da seqüência consiste na leitura pelo professor da primeira versão da obra escolhida. É importante, nesse momento, considerar as orientações anteriores, em relação ao preparo prévio da leitura e das intervenções a serem realizadas durante a atividade. A história é curta e pode ser lida de uma única vez. Se houver mais de um exemplar do livro na escola, ele pode ser disponibilizado na sala de aula para que as crianças os manuseiem, apreciem as ilustrações e leiam no próprio texto, mesmo sem saber ler convencionalmente. Após a leitura, quando o professor estiver certo de que as crianças já comentaram a respeito de tudo o que gostariam, ele coordena uma atividade para propor a análise de recursos lingüísticos que tornam a obra singular e atraente para o leitor. Pode, inclusive, realizar um registro das conclusões do grupo acerca de suas principais características o que será útil nas etapas seguintes da seqüência. Um recurso que pode ser destacado da primeira versão lida são as descrições das personagens e cenários. Caso tais características não tenham sido notadas pelas crianças, o professor pode chamar a atenção para elas, relendo algumas descrições e conversando sobre a linguagem literária e os efeitos que ela produz no leitor. Como o autor descreve o lobo no início da história, como ela estava? (faminto) Quais foram os recursos utilizados pelo autor para descrever a floresta? O que o lobo diz à Chapeuzinho quando eles se encontram pela primeira vez? O que o lobo usou para fingir ser a avó da menina? Como o autor descreve a localização da casa da avó? O que fez Chapeuzinho perceber que a avó estava com um aspecto muito esquisito?
ATIVIDADE 2
Leitura da segunda versão da história Charles Perrault As histórias escritas pelos irmãos Grimm defendem valores como a bondade, o trabalho e a verdade. Em seus contos, as pessoas bondosas são premiadas e as maldosas são castigadas. Nem sempre isso ocorre na vida real, mas, na literatura destes autores, quem merece sempre ganha um final feliz. Já nesta versão de Charles Perrault, o desfecho da história é um pouco diferente. Chapeuzinho não tem um final feliz, pois acaba devorada pelo lobo, assim como sua avó. Na segunda etapa da seqüência o professor realiza a leitura desta versão. Assim como na primeira etapa, as orientações para o seu encaminhamento são as descritas anteriormente no item "A leitura pelo professor". Quando a leitura estiver concluída, o professor propõe a comparação entre as duas versões, retomando as características destacadas na análise registrada anteriormente. Nesse momento, o professor pode também registrar as conclusões das crianças a respeito das características das duas versões, relendo trechos e chamando a atenção para as semelhanças e diferenças na trama e no texto. O que acontece no primeiro encontro entre a menina e o lobo numa versão e em outra? Como é o diálogo entre eles em cada uma das versões? Vamos comparar as diferentes descrições sobre a localização da casa da vovó? Vamos ver como os autores descreveram a Chapeuzinho em cada uma das versões? Quais são os diferentes acontecimentos que chamam a atenção e distraem Chapeuzinho Vermelho a caminho da casa de sua avó? As recomendações da mãe no início da história são diferentes nas duas versões? Que fim levou o lobo nas duas versões?
ATIVIDADE 3
Leitura da terceira versão da história Nesta última etapa da seqüência o professor encaminha a leitura de uma terceira versão do conto. Assim que o grupo se familiarizar com a nova versão, deve ser incentivado a conversar sobre ela. É quase certo que estabelecerão, espontaneamente, relações comparativas com as duas outras versões já trabalhadas, identificando semelhanças e diferenças. Mesmo assim, o professor pode focar suas observações em outros aspectos, voltando, com as crianças, aos registros feitos anteriormente. Nesta terceira versão, do ponto de vista do conteúdo da história, ao invés de comer a avó o lobo a tranca dentro do armário e também não chega a comer Chapeuzinho, que pede ajuda e é socorrida pelos caçadores da floresta. Além desta diferença evidente na trama, o professor poderá continuar discutindo aspectos formais do texto, ao propor um levantamento dos fatos que se conservaram nas três versões e das diferenças no texto escrito, destacando o estilo de cada autor/tradutor/adaptação. Exemplos de questões que podem disparar essa análise: A mamãe pede para Chapeuzinho Vermelho levar comida à vovó. O que diz a mãe agora, nesta terceira versão? Chapeuzinho Vermelho se encontra com o lobo no bosque. Como cada autor relata o diálogo entre eles? Chapeuzinho caminha pela floresta - como este cenário é descrito, o que há em cada um dos textos? O lobo engana Chapeuzinho Vermelho e chega antes dela à casa da vovó. O que diz a ela para enganá-la nessa versão? Quando chega, Chapeuzinho Vermelho faz perguntas ao lobo, que está deitado na cama da vovó. Há diferenças nas perguntas e respostas deste diálogo em comparação com as outras versões? O que acontece na história assim que o lobo chega na casa da vovó? Quais as principais diferenças? Avaliação O professor pode acompanhar a ampliação das aprendizagens das crianças nesta seqüência, nas demais situações de leitura e produção de texto propostas em sua rotina. É importante que elas continuem refletindo sobre os aspectos característicos da linguagem dos contos clássicos, comparem essa linguagem com a de outros gêneros, utilizem esse conhecimento em suas próprias produções textuais etc.
Um trabalho semelhante ao desenvolvido nessa seqüência também pode ser realizado com diferentes versões de outros contos, como João e Maria, Branca de Neve, A Bela Adormecida e O Gato de Botas, entre outros.
sta. leitores.




Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIAChapeuzinho Vermelho e Outras Histórias, Irmãos Grimm, Ed.Paulinas, edição esgotada versão1 Os Contos de Grimm, Jakob Grimm, 288 págs., Ed. Paulus, tel. (11) 3789-4000 , 58 reais opção para Versão 1 Chapeuzinho Vermelho e Outros Contos por Imagem, Rui Oliveira, 72 págs., Ed. Cia. das Letrinhas, tel. (11) 3705-3500 , 32 reais Versão 2 Chapeuzinho Vermelho (Coleção Grandes Clássicos), 24 págs., Ed. Girassol, edição esgotada Versão 3




quinta-feira, 19 de março de 2009

Está chegando a PÁSCOA!


A celebração da Páscoa é muito antiga.
Inicialmente, A Páscoa era a época em que se festejava o fim do inverno e o início da primavera.Alguns símbolos da Páscoa: O Ovo da Páscoa simboliza nascimento, renascimento, ressurreição. O hábito de decorar ovos e dá-los de presente, surgiu na Inglaterra, no reinado de Eduardo I, ele costumava ofertar ovos banhados em ouro aos seus amigos. Na Ucrânia existe a tradição de decorar ovos e presenteá-los a pessoas queridas como símbolo de sorte, amor, fertilidade e fortuna. Os ovos de chocolate foram criados no século XX. Desde a antigüidade vários povos consideravam o chocolate um “alimento sagrado”. O intuito do ovo de chocolate foi o de popularizar o consumo do chocolate. O Cordeiro é o símbolo de Cristo e do seu sacrifício por amor ao mundo. O Círio é uma vela branca, acesa no Sábado de Aleluia. Simboliza Deus, o principio e o fim de tudo. O pão e o vinho simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, celebrando a vida eterna. O Coelho, simboliza a fertilidade, já que é um animal que tem muitos filhotes de uma só vez. Fertilidade simboliza vida, nascimento. A Cruz- simboliza o sofrimento de Jesus e a promessa de ressurreição.
A Páscoa é comemorada no mundo inteiro, porém em cada lugar de seguindo suas próprias tradições. No Brasil e na América Latina as crianças costumam preparar um cantinho que se assemelhe a um ninho e enfeitá-lo com palha, papel picado para que na madrugada da Páscoa o ”Coelhinho” passe por lá e deixe um ovinho de chocolate e doces. Na Europa Oriental as pessoas decoram ovos para presenteá-los aos amigos no domingo de Páscoa. Nos Estados Unidos é super comum as brincadeiras de “caça ao ovo”, nos quais os ovos de chocolate são escondidos no quintal e as crianças saem a procura dos mesmos.

Geralmente a Páscoa é comemorada em abril, mas como acontece 47 dias depois do carnaval, às vezes é celebrada em março.
QUARESMA
Mais uma tradição judaica que foi incorporada pela Igreja Católica, já que os hebreus passaram 40 anos no deserto. Hoje em dia, por 40 dias os hebreus devem resguardar o corpo de excessos. Para os católicos, são os 40 dias que antecedem a Páscoa, começando na quarta-feira de cinzas e que convida os fiéis à reflexão, penitência e meditação.
CÍRIO PASCAL

É uma grande vela usada durante as missas do tempo pascal (período litúrgico que segue até 50 dias depois do domingo de Páscoa), que possui as letras alfa e ômega do alfabeto grego significando que Deus é o princípio, o fim e ainda o ano corrente. Além disso, durante a vigília pascal, o sacerdote insere na vela cinco grãos de incenso simbolizando as chagas de Cristo.

Colomba

Reza a lenda que quando o rei Albuino dos Lombardos quis invadir a cidade de Pavia, no norte da Itália, um padeiro local lhe ofereceu um bolo em formato de pomba. O monarca gostou tanto do delicado sabor do regalo que desistiu da invasão. Como a pomba é um dos símbolos católicos da paz e do espírito santo, incorporou-se o doce para o café da manhã pascal.

Cordeiro de Deus

O cordeiro também está diretamente relacionado com a festa, já que nas tradições católicas, Cristo seria o cordeiro de Deus sacrificado pelos nosso pecados e cujo ato livraria o mal do mundo, nos redimindo. É interessante notar que, na história do êxodo, Deus manda que os judeus sacrifiquem um cordeiro e passem seu sangue na porta de suas casas, assim a praga da morte dos primogênitos não os atingiria e sim somente aos egípcios. Ou seja, o animal é figura recorrente nas tradições.

Sábado de Aleluia

É o último dia da semana santa e não se celebra missa ou qualquer ritual eucarístico a não ser a confissão e a liturgia das horas. É nesse dia também que acontece a malhação de Judas, comemorando a morte do traidor de Cristo.
Pão e vinho


O pão era um dos alimentos mais comuns na antiguidade e nossos antepassados tomavam vinho em quase todas as refeições. Daí a explicação porque Cristo usou os dois alimentos em sua última refeição. O pão simboliza o corpo de Cristo e o vinho seu sangue e é uma maneira de lembrar aos fiéis de seu sacrifício na cruz e nos fazer partilhar deste momento

quarta-feira, 11 de março de 2009

PARA REFLETIR




O que você entende por “limite”?

Por que os filhos precisam de limites?

Como estabelecer limites demo craticamente numa família?


PROPOSTA PEDAGOGICA


Maternal



OBJETIVO



Geral
Desenvolver os movimentos amplos: saltar, pular, andar...


Desenvolver os movimentos finos que envolvam as mãos, adquirindo controle e expressão gráfica com a progressão de exercícios que irão auxiliar no futuro aprendizado da escrita e da leitura.

Desenvolver estímulos sonoros e auditivos através de operações concretas.

Ampliar vocabulário e linguagem como meio de comunicação, desenvolvendo a imaginação, criatividade, organização de idéias.

Identificação do nome próprio.

Identificação das letras do nome próprio.


Identificação das vogais.


CONTEÚDO


Geral
Coordenação Motora Ampla.

Coordenação Motora Fina.

Discriminação Auditiva e Visual.

Expressão Oral (histórias, contos, músicas, teatro, etc).

Estudo do nome próprio.

Estudo das letras do nome próprio.

Apresentação das vogais.


ESTRATÉGIA

Geral
Através de jogos, brincadeiras e atividades lúdicas envolvendo operações concretas.

Através de materiais pedagógicos, sucatas, brincadeiras, jogos e atividades visomanuais concretas (pinturas, desenhos, etc).

Utilização de recursos audiovisuais como: músicas, histórias, parlendas vídeo, CD, figuras, rótulos, livros, portadores de textos, etc.

Leituras, interpretações, cantos, conversas, brincadeiras, jogos, recursos audiovisuais, livros, materiais pedagógicos, etc.

Apresentação de crachás, fichas, cartazes, desenhos, jogos e brincadeiras, etc.

Fichas cartazes, desenhos, materiais pedagógicos, jogos e brincadeiras.

Materiais pedagógicos, brincadeiras, atividades visomanuais concretas, etc.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança, no desempenho de suas atividades, no desenvolvimento da atenção, interesse assimilação e aprendizagem.

O instrumento de avaliação será uma ficha de avaliação, que entregaremos aos pais durante as Reuniões.

OBSERVAÇÕES:
CARACTERÍSTICAS: Aproximadamente 2 a 3 anos.

Egocentrismo.

Descobertas: tato, movimentos, formas, pessoas, texturas, reprodução de sons, andar, comunicação, etc.

Coordenação Motora: abrir, fechar, empilhar, encaixar, puxar, empurrar, etc.

Fantasia, Invenção e Representação (imitação de situações conhecidas: escolinha, casinha).

Criatividade


TIPOS DE BRINCADEIRAS:
Brincadeiras referentes à educação sensório-motora (sentir/executar).Exploração, canto, perguntas e respostas, esconder.

Brincadeiras sem regras.

Brincadeiras com poucas regras simples.

Utilização das formas básicas de movimentos (andar, correr, saltar, rolar, etc).

Estimulação e motivação.Atividades lúdicas.

MATEMÁTICA
OBJETIVO
Introduzir o raciocínio lógico, através de suas estruturas.

Desenvolver a lateralidade através de estímulos, motivações e atividades de coordenação.

Desenvolver a capacidade de situar cronologicamente os fatos para organizar seu tempo e suas ações, orientando-se também no espaço.

Desenvolver coordenação motora através de atividades lúdicas, concretas, pedagógicas e visomanuais.

Reconhecer e discriminar estímulos visuais, interpretando-os e associando-os.

Reproduzir seqüências e seriações, ex: ordenar objetos do mais alto para o mais baixo.

Reconhecer e discriminar numerais.

Desenvolver contagem de 1 até 10.


CONTEÚDO

Estruturas lógicas: discriminação – comparação – identificação – cor – forma – tamanho – conjuntos – quantidade.

Conceito de lateralidade.

Orientação Temporal Espacial: antes/depois, atrás/na frente/no meio/entre, aberto/fechado, na frente/de costas, em cima/embaixo, em pé/deitado/sentado, longe/perto, direita/esquerda.

Coordenação Motora.

discriminação audiovisual.

Seqüência e seriação.


Numeração:• Números de 1 à 5• Contagem de 1 à 10


ESTRATÉGIA
Utilização de materiais pedagógicos, sucatas, figuras, livros, jogos, brincadeiras, ...

Brincadeiras lúdicas, materiais pedagógicos, atividades audiovisuais.

Através do uso de materiais concretos, materiais pedagógicos, jogos e brincadeiras, registro de atividades.

Jogos, brincadeiras, músicas, atividades lúdicas, materiais pedagógicos, registro de atividades.

Recursos Audiovisuais: rádio, CD, TV, vídeo, músicas, histórias, cartazes, fichas.

Cartazes, fichas, jogos, brincadeiras, materiais pedagógicos, atividades lúdicas e de registro.Materiais pedagógicos e concretos, jogos, brincadeiras, cartazes, fichas, desenhos, etc.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança, no desempenho de suas atividades, no desenvolvimento da atenção, interesse assimilação e aprendizagem.

O instrumento de avaliação será uma ficha de avaliação, que entregaremos aos pais durante as Reuniões.

OBSERVAÇÕES:
Devemos desenvolver na criança a capacidade de pensar logicamente.Trabalhar problemas relacionados ao seu cotidiano para melhor entendimento do meio em que vive.
A Matemática pode ser considerada uma linguagem simbólica que expressa relações espaciais e de quantidade. Sua função é pois, desenvolver o “pensamento”.
A medida que brinca com formas, com quebra-cabeças e com caixas que cabem dentro de caixas, a criança adquire uma noção do conceito pré-simbólico de tamanho, número e forma. Ao enfiar contas em um barbante ou colar figuras, adquire a noção de seqüência e de ordem. E quando utiliza as palavras “não cabe” e “acabou”, vai adquirindo a noção de quantidade.
“Esse trabalho deve se muito concreto, baseado no manuseio de materiais. Isso permito que as crianças se famialiarizem mais facilmente com os conceitos matemáticos.”

ESTUDOS SOCIAIS

OBJETIVO
Estimular o conhecimento da história Brasileira, através das Datas Comemorativas.

Desenvolver noção de hoje, ontem e amanhã, bem com o dia, a noite a relação com espaço/tempo.

Identificar, nomear e reconhecer a família e sua importância.

Estimulação do meio ambiente físico.


CONTEÚDO
Datas Comemorativas: Carnaval, Outono, Páscoa, Dia do Índio, Dia das Mães, Festa Junina, Dia dos Pais, Folclore, Independência, Inverno, Dia dos Animais, Dia das Crianças, Dia dos Professores, Proclamação da República, Primavera, Dia da Árvore, Natal e outros.

Calendário (relação espaço tempo).

Família.

Escola (ambiente/colegas).


ESTRATÉGIA
Contar histórias sobre o significado das Datas Comemorativas e a produção de lembrancinhas que traduzam a data em questão.

Produção de Calendário e exercício do mesmo ao iniciar a aula (manhã e tarde), e aniversários das crianças.

Nomeação, explicação e cartazes, através de estimulação de situação problema que envolva o conceito família.

Jogos e brincadeiras que explorem o ambiente e colegas.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.

O instrumento de avaliação é uma ficha de observações que será entregue aos pais todo Bimestre.



CIÊNCIAS


OBJETIVO
Desenvolver capacidade de auto-higiene corporal.Identificar, reconhecer, localizar e nomear partes do próprio corpo.
Estimulação dos 5 sentidos.

Estimular o cuidado com a natureza.

Nomear e reconhecer diferentes animais.

Discriminação entre liso e áspero.

Apresentação de diferentes alimentos, diferenciando de doce e salgados.


CONTEÚDO
Higiene Corporal (mãos, dentes, uso do banheiro).

Esquema corporal.

Órgãos dos sentido: olhos (discriminação visual), ouvidos (discriminação auditiva), tato, olfato e paladar.

Horticultura e jardinagem.

Animais.

Texturas (liso e áspero).

Alimentos.


ESTRATÉGIA
Incentivar o lavar as mãos, escovar os dentes e ir ao banheiro sozinho, sempre que necessário, através de músicas e histórias que despertem o interesse das crianças.

Utilizando quebra-cabeça, músicas, figuras, bonecas e nomeação que desenvolvam o reconhecimento do corpo humano.

Exercícios, atividades e jogos que desenvolvam a visão, audição, tato e gustação.

Plantação de mudas e flores.

Através de figuras, desenhos, gestos musicais e histórias.

Através de objetos que mostrem tais diferenças, estimulando jogos e atividades.

Apresentação de alimentos.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.

O instrumento de avaliação é uma ficha de observações que será entregue aos pais todo Bimestre.

ARTES


OBJETIVO
Incentivar e desenvolver o hábito de desenho, estimulando assim a fantasia da criança.

Estimulação de confecção de brinquedos através da sucata.

Estimular a coordenação da criança e a criatividade com o uso da argila e massinha.


CONTEÚDO
Artes: desenho livre e pintura.

Sucata.

Argila e massinha.


ESTRATÉGIA
Utilização de lápis, pincéis, cola com muito incentivo, estimulando a criança através de elogios.

Material de sucata e criatividade do professor.

Apresentação de argila e massinha.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.

O instrumento de avaliação é uma ficha de observações que será entregue aos pais todo Bimestre.

OBJETIVOS SÓCIO-EMOCIONAIS
Desenvolve hábitos de asseio: pedir para ir ao banheiro, lavar as mãos, limpar o nariz, etc.

Habitua-lo a usar os clichês sociais.

Exemplo: Por favor, muito obrigado, com licença, etc.

Permitir que a criança seja independente.

Deixa-la explorar ao máximo os objetos e brinquedos.

Levar a criança a brincar com os outros do grupo.

Fazer com que a criança não fixe em um único colega.

Mante-la ocupada.

Levar a criança a participar das atividades de grupo

quarta-feira, 4 de março de 2009


Era uma vez uma abelha que não sabia fazer mel.

- Mas você é uma operária! - gritava a rainha - Tem que aprender.

Na colméia havia umas 50 mil abelhas e Anita era a única com esse problema. Ela se esforçava muito, muito mesmo. Mas nada de mel...

Todos os dias, bem cedinho, saía atrás das flores de laranjeira, que ficavam nas árvores espalhadas pelo pomar. Com sua língua comprida, ela lambia as flores e levava seu néctar na boca. O corpinho miúdo ficava cheio de pólen, que ela carregava e largava, de flor em flor, de árvore em árvore.

Anita fazia tudo direitinho. Chegava à colméia carregada de néctar para produzir o mais gostoso e esperado mel e nada! Mas um dia ela chegou em casa e de sua língua saiu algo muito escuro.- Que mel mais espesso e marrom... - gritaram suas colegas operárias.- Iac, que nojo! - esbravejaram os zangões.Todo mundo sabe que os zangões se zangam à toa, mas aquela história estava ficando feia demais. Em vez de mel, Anita estava produzindo algo doce, mas muito estranho.

- Ela deve ser expulsa da colméia! - gritavam os zangões.

- É horrorosa, um desgosto para a raça! - diziam outros ainda.

Todas as abelhas começaram a zumbir e a zombar da pobre Anita. A única que ficou ao lado dela foi Beatriz, uma abelha mais velha e sábia.

Um belo dia, um menino viu aquele mel escuro e grosso sobre as plantas próximas da colméia, que Anita tinha rejeitado de vergonha. Passou o dedo, experimentou e, surpreso, disse:

- Que delícia. Esse é o mais saboroso chocolate que eu já provei na vida!

- Chocolate? Alguém disse chocolate? - indagou a rainha, que sabia que o chocolate vinha de uma fruta, o cacau, e não de uma abelha.

Era mesmo um tipo de chocolate diferente, original, animal, feito pela abelha Anita, ora essa, por que não...

Nesse momento, Anita, que ouvia tudo, esboçou um tímido sorriso. Beatriz, que também estava ali, deu-lhe uma piscadela, indicando que tinha tido uma idéia brilhante.

No dia seguinte, lá se foram Anita e Beatriz iniciar uma parceria incrível: fundaram uma fábrica de pão de mel, juntando o talento das duas para produzir uma deliciosa combinação de mel com chocolate.Moral da história: as diferenças e riquezas pessoais, que existem em cada um de nós, são singulares e devem ser respeitadas.Fábula de Katia Canton*, ilustrada por ionit*com idéia de João Roberto Monteiro da Silva, 7 anos.


Plano de aula

Material necessário

Cópias do texto A abelha chocolateira, de Katia Canton


Objetivos

Reconhecer a fábula como gênero da língua portuguesa; identificar os elementos desse tipo de texto; e refletir sobre a moral e a ética no convívio social.Com diálogos curtos e texto econômico, a fábula é uma história de ficção, escrita em verso ou em prosa. Uma de suas principais características é ter como personagens animais e plantas e objetos animados, que ganham características humanas. Essa forma alegórica de contar uma história apresenta as virtudes e os defeitos do mundo dos homens e leva a interpretações sociais para ilustrar um ensinamento ou uma regra de conduta. É por isso que toda fábula tem, no desfecho, uma moral.Essa narrativa de natureza simbólica tem origem remota e incerta, pois se mescla à necessidade do homem de criar e de contar histórias para transcender as atividades cotidianas e recriar o mundo. Algumas fontes indicam que a fábula começou a ser contada na Suméria, no século 8 a.C. Mas foi na Grécia Antiga, em meados do século 5 a.C., pelas mãos do escravo Esopo, que ela ganhou a fórmula atual: sintética, alegórica, tendo animais demonstrando sentimentos e uma pitada de humor. Esopo sempre terminava as fábulas explicando a moral e, assim, ensinava valores. Graças ao francês Jean de la Fontaine (1621-1692), a fábula introduziu-se definitivamente na literatura ocidental, dessa vez de forma menos sintética e mais contextualizada. Ontem e hoje, com nuanças e autorias diferentes, as histórias se repetem.

A principal proposta do gênero é a fusão de dois elementos, o lúdico e o pedagógico. A leitura de A abelha chocolateira, da escritora Katia Canton, vai ajudar seus alunos a entendê-lo melhor. O texto pode ser explorado com turmas de 2a série de acordo com o plano de aula elaborado pela pedagoga Wânia Menezes Picchi, professora da Escola Viva, em São Paulo.

O que cada animal faz, na natureza e na ficçãoAntes de apresentar a fábula à turma, provoque uma discussão sobre o comportamento dos animais em seu ambiente. Divida os estudantes em grupos e questione-os sobre as funções que cada bicho exerce no seu grupo. O que se espera da formiga? Que ela transporte folhas, cascas e outros materiais para construir o formigueiro. E da leoa? Que ela saia para caçar e traga alimentos para os machos e os filhotes. Na colméia, a função da abelha operária é colher o néctar para fazer mel. Registre no quadro-negro ou em um papel grande as hipóteses que a garotada levanta.

Distribua o texto A abelha chocolateira para as crianças e peça para acompanharem a leitura que você faz em voz alta. Ainda em grupos, elas vão marcar no texto palavras ou trechos que indicam ações humanas atribuídas às abelhas - "gritava", "tem que aprender", "fazia tudo direitinho", "esbravejaram", "indagou", "fundaram uma fábrica de pão de mel" etc. - assim como características - "é horrorosa", "um desgosto para a raça", "rejeitado de vergonha" etc.

Hora de retomar a primeira discussão sobre as funções de cada animal na natureza e comparar o registro que está na lousa ou no papel com os trechos grifados no texto. Provoque um diálogo sobre as conclusões do grupo e vá registrando as idéias: o que vocês perceberam quando compararam as atitudes do animal em seu hábitat natural e na história? Na natureza, a abelha age de um jeito e no texto ela se comporta mais como as pessoas. Vá conduzindo a discussão de forma que os alunos percebam os elementos estruturais da fábula. Peça para copiarem as conclusões no caderno.

O próximo passo é fazer a leitura de fábulas de autores diversos para os estudantes perceberem sua estrutura. A repetição facilita a assimilação e a generalização das características do gênero, permitindo que eles compreendam que aqui é a estrutura que prevalece e não a autoria, como num romance.Esses textos podem ser dramatizados. Divida a turma em quatro grupos e entregue a cada um uma fábula diferente. Após a leitura, cada grupo vai bolar um roteiro e definir quem será cada personagem. Como lição de casa, peça para treinarem suas falas - um aluno deve ser o narrador. Reserve uma aula para um ensaio geral outra para a apresentação dos grupos.A importância de respeitar as diferençasRetome o texto A abelha chocolateira para refletir sobre a moral da história. Em dupla, os alunos devem discutir com o colega e escrever qual a função da abelha operária dentro da colméia. Depois, individualmente, eles vão responder o que a autora quis dizer com a frase "Anita fazia tudo direitinho". Como as outras abelhas operárias reagiram ao comportamento de Anita? No final da fábula, Anita esboçou um tímido sorriso. Pergunte: como ela estava se sentindo ao produzir um mel diferente? Alguma vez você já esboçou um tímido sorriso por algum sentimento? Conte em detalhes como foi.

A idéia é ver se o aluno se identifica com a moral da história. Lembre que a moral deve ser trabalhada como conseqüência da situação que a fábula apresenta e nunca isoladamente. Por fim, sugira que as crianças produzam uma narrativa em que apareçam personagens com características bem distintas. O objetivo é incentivá-las a trabalhar com as diferenças e as riquezas que existem em cada pessoa, a base da moral da fábula de Katia Canton.


fonte:www.novaescola.com.br